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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Oyá (Iansã)



Na Mitologia Yoruba, o nome Oyá provém do rio de mesmo nome na Nigéria, onde seu culto é realizado, atualmente chamado de rio Níger. É uma divindade das águas como Oxum e Iemanjá, mas também é relacionada ao elemento ar, sendo uma das divindades que ao lado de Ayrá e Orixá Afefê controla os ventos. Costuma ser reverenciada antes de Xangô, como o vento personificado que precede a tempestade. Assim como a Orixá Obá, Oyá também está relacionada ao culto dos mortos, onde recebeu de Xangô a incumbência de guiá-los a um dos nove céus de acordo com suas ações, para assumir tal cargo recebeu do feiticeiro Oxóssi uma espécie de erukerê especial chamado de Eruexim com o qual estaria protegida dos Eguns. Oyá é a terceira Deusa de temperamento mais agressivo, sendo que a primeira é Opará e Obá é a segunda. O nome Iansã trata-se de um título que Oyá recebeu de Xangô que faz referência ao entardecer, Iansã=A mãe do céu rosado ou A mãe do entardecer. Era como ele a chamava pois dizia que ela era radiante como o entardecer.


Iansã ela que leva as almas desencanadas para um dos nove céus.

Os nove céus são:
Orun Alàáfià. Espaço de muita paz e tranquilidade, reservado para pessoas de gênio brando, ou índole pacífica, bondosa, pacata.
Orun Funfun. Reservado para os inocentes, sinceros, que tenha pureza de sentimento, pureza de intenções.
Orun Bàbá Eni. Reservado para os grandes sacerdotes e sacerdotisas, Babalorixás, yalorixás, Ogans, Ekedes, etc.
Orun Aféfé. Local de oportunidades e correção para os espíritos, possibilidades de reencarnação, volta ao Aiye.
Orun Ìsòlú ou Àsàlú. Local de julgamento por olodumare para decidir qual dos respectivos oruns o espírito será dirigido.
Orun Àpáàdì. Reservado para os espíritos impossíveis de ser reparados.
Orun Rere. Espaço reservado para aqueles que foram bons durante a vida.
Orun Burúkú. Espaço ruim, ibonan "quente como pimenta", reservado para as pessoas más.
Orun Mare. Espaço para aqueles que permanecem, tem autoridade absoluta sobre tudo o que há no céu e na terra e são incomparáveis e absolutamente perfeitos, os supremos em qualidades e feitos, reservado à Olodumare, olorun e todos os orixás e divinizados.

Os africanos costumam saudá-la antes das tempestades pedindo a ela que apazigue Xangô o Orixá dos trovões, raios e tempestades pedindo clemência.

Oferendas: àkàrà ou acarajé, ekuru e abará.



Brasil

Os devotos costumam lhe oferecer sua comida favorita, o àkàrà (acarajé), ekuru e abará.


No candomblé a cor utilizada para representá-la é o marrom, ainda que seja mais identificada com a cor Rosa. No Brasil houve uma grande distorção com relação as suas regências e origens. Inhansã ou Oiá, como é também chamada no Brasil, é uma divindade da Mitologia Yoruba associada aos vento e as águas, sendo mulher de Xangô, o senhor dos raios e tempestades.
É saudada como "Iya mesan lorun", título referente a incumbência recebida como guia dos mortos. Iansã é associada a sensualidade, dos Orixás femininos é uma das mais guerreiras e imponentes.


OYÁ



Oyakedeun kete kete ookorifun – Morreu distintamente com seu marido.
Oyakoná fun sanan. – Iyamsan solta fogo pelas narinas.
Oya aferé iku – Iyamsan a Senhora dos ventos da morte.
Obori mesan – Iyansan tem nove cabeças.
Iya omó mesan – Mãe dos nove filhos.
Senhora da tarde, Dona dos espíritos, Carregadeira de ebó, Senhora dos raios e tempestades. Estes são alguns dos nomes de Oyá, entre outros.
De acordo com alguns itan, Oya foi uma princesa real da cidade de Irá, na Nigéria. Sobrinha neta do rei Elempe e neta de Torosi (mãe de Xangô). Conquistou com valentia, coragem e dedicação seu caminho para o trono de Oyó.
Conhecedora de todos o meandros da magia encantada, Oya nunca se deixou abater por guerras, problemas ou disputas. Nobre guerreira, jamais tripudiou sobre inimigos e rivais vencidos.
Foi mulher de Xangô e o ajudou a conquistar os reinos que foram anexados ao império ioruba. Porém, quando ele tentou invadir Nupe e Tapam, onde Ọya havia nascido, ela o abandonou e postou-se na entrada daquelas cidades disposta a enfrentá-lo.
Como nem mesmo Xangô ousou desfiá-la, ninguém passou. Oya é a menina dos olhos de Òxalá, seu protetor, a única divindade que entra no gbale de Ègún, por seu poder de onisciência.
Segundo os itan Oya foi no entanto, a única mulher de Xangô que ao final de seu reinado seguiu-o na sua fuga para Tapá. E quando Xangô se recolheu em baixo da terra em Koso, ela fez o mesmo em Irá.
Antes de se tornar mulher de Xangô, Oya viveu com Ògún. Ela fugiu com Xangô e Ògún enfurecido resolveu enfrentar seu rival, mas este último foi a procura de Olódùmarè para confessar que havia ofendido Ògún. Olódùmarè interveio junto a Ògún e recomendou-lhe que perdoasse a afronta e disse: "Ògún jo agbá Xàngó" "você Ògún é mais velho que Xàngó", preserve sua dignidade aos olhos de Xàngó e dos outros orixás, você não deve se aborrecer nem brigar, deve renunciar a Oya. Mas Ògún não foi sensível a esse apelo e lançou-se a perseguição de Oya e Xangô. Trocou golpes de varas mágicas com Oya que foi então, dividida em 9 partes. Este número nove ligado a Oya, está na origem de seu nome Iyamesan e encontra-se essa referência no ex Dahomé onde o culto de Oya é feito em Porto Novo sob o nome de Avesan no bairro akron (lokoro dos yorubá) e sob o de abesan, mais ao norte em Baningbe. Esses nomes teriam por origem a expressão Aborimesan (com nove cabeças) alusão aos nove braços do delta do Rio Niger. Fica aqui evidente que Oyá é cultuada pelos povos adoradores de Vodun mesmo na África, e portanto, não é coisa de Brasil. E fica claro também que o culto a Oyá é distinto ao culto a Vodun-jó.
Oya é filha de Iyemanja e Òxàlá.
Sua cor é branco com rosa estampado com vermelho, coral, vermelho, marron.
Natureza ossuário, jardim, caminhos, cumes e vento.
Oyá gosta de objetos ornamentados com cobre e prata.
As oferendas prediletas de Oyá são acarajé, ekuru.
Toque principal: Ylú. Também conhecido como quebra-pratos.
Salve Oya - Aquela Que Monta Com O Vento!

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